segunda-feira, 30 de maio de 2011

JOVENS EMPREENDEDORES. ATIVIDADE: VENDEDORA DE COSMÉTICOS

Érica Maria Ribeiro da Silva, estudante do "1º E" do EREM - Monsenhor João Rodrigues de Carvalho é mais um exemplo de tomada de iniciativa e pró-atividade no mundo do empreendedorismo.
Identificada por colegas professores, a aluna conversou conosco sobre sua experiência pessoal:

EREM - O que você comercializa?
Érica - Produtos de diversas marcas como Avon, Natura, Racco e Demillus.

EREM - Como você iniciou essa atividade comercial?
Érica - Surgiu de uma amiga, ela revendia, daí eu me interessei, levei para a escola e foi um sucesso. Daí por diante não parei mais.

EREM - Qual o efeito dessa iniciativa para sua vida?
Érica - Minha vida melhorou muito.

EREM - Você tem controle de seu lucro mensal?
Érica - Não. Mas daqui por diante passarei a ter.

sábado, 28 de maio de 2011

VIAJANDO E APRENDENDO. DESTINO: BUÍQUE/PE

 É a quinta edição de viagem cultural-educativa para o município de Buíque, no agreste pernambucano.
Atividade coordenada pelos professores Ademir Brasil (Geografia) e Luís Carlos Lins (Projetos e Empreendedorismo), tem por objetivo apresentar a riqueza turística, econômica, social,  cultural e histórica de diversos municípios ao longo do percurso, como: Escada, Vitória de Santo Antão, Pombos, Bezerros, Caruaru e por fim Buíque, que tem uma das reservas arqueológicas mais importantes do Brasil: O Vale do Catimbau.
Conheça características de Buíque, clicando aqui.
Para conhecer o roteiro e curiosidades sobre cada município visitado, clique aqui.

JOVENS EMPREENDEDORES. PROFISSÃO: CABELEIREIRA

Dando continuidade a série de entrevistas com Jovens Empreendedores do EREM - Monsenhor João Rodrigues de Carvalho, publicamos mais uma experiência bem sucedidas do mundo dos negócios.
Esta é a Gleice Kelly, estudante do "1° ano F", e já tão jovem, concilia os estudos com a profissão de cabeleireira. Isto mesmo:profissão! É assim que ela encara esta atividade que lhe garante um bom rendimento mensal.
A seguir, Gleice Kelly nos conta um pouco de história profissional:

EREM- Há quanto tempo você atua nesta área e como tudo começou?
Gleice: Trabalho como cabeleireira há uns três anos. Tudo começou com brincadeiras em casa com o cabelo da minha mãe. Ano passado estava morando em São Paulo e foi lá que consegui desenvolver trabalhando em um salão.

EREM- Que tipo de serviços você presta em seu salão?
Gleice: Corto, aplico luzes no cabelo, tinturas, escova progressiva, penteados, etc.

EREM- Qual sua lucratividade mensal?
Gleice: Uns R$ 400,00 mais ou menos.

EREM- Faz algum tipo de poupança? Como controla seu dinheiro?
Gleice: Sim. Eu separo o que vou gastar com os produtos de beleza e o guardo o restante na poupança.

EREM- Qual o seu grande sonho?
Gleice: Meu grande sonho é poder abrir meu salão. Me formar em um curso técnico de química e poder fazer meus próprios produtos.

" Eu costumo falar que, trabalhando a gente vê como os estudos e conhecimentos são importantes" - Gleice Kelly da S. Santana

sexta-feira, 27 de maio de 2011

FORRÓ NO EREM MONSENHOR JOÃO RODRIGUES DE CARVALHO

O Forró do EREM Monsenhor João Rodrigues de Carvalho promete. A expectativa é grande!
Como prévia da programação a Escola estará promovendo concurso para escolha de "Rainha do Milho", do homenageado da Festa (Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Dominguinhos são os nomes em análise pelos estudantes), além de formação de pares para comporem uma quadrilha matuta que ficará sob a coordenação da Prof. Rita.
A data da festança foi definida para o dia 22 de junho, a partir das 14h às 18h.

Atenção: Nenhuma atividade festiva será realizada em sala de aula e sim no páteo da Escola.

domingo, 22 de maio de 2011

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terça-feira, 17 de maio de 2011

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA SUAPE

Mais de 5 mil qualificações
Governo, Senac e Senai lançam programa Novos Talentos. Cursos gratuitos já começam a inscrever candidatos.

Abertas 5,1 mil vagas de profissionalização

Capacitar até o fim do ano 5,1 mil profissionais para o mercado de trabalho, principalmente em áreas demandadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape ou dirigidas ao setor de serviços e turismo. Esse é o objetivo do programa Novos Talentos, lançado ontem pelo governo do estado numa parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os cursos profissionalizantes, cujas inscrições começam hoje, são gratuitos e voltados para a população de baixa renda.
Há oportunidades em diveras áreas (ver quadro) Para concorrer a uma das vagas é preciso ter no mínimo 18 anos, estar cursando ou ter concluído o ensino fundamental e ser trabalhador empregado ou desempregado.

As inscrições para a primeira etapa de cursos vão até o próximo domingo, exclusivamente pelo site da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (www.stqe.pe.gov.br). “Vamos cobrir de Goiana a Rio Formoso e do Recife a Salgueiro, com cursos nas áreas de petróleo e gás, naval e também hotelaria, em especial no litoral e Mata Sul”, garantiu o secretário Antônio Carlos Maranhão. O lançamento do programa contou com a presença do governador Eduardo Campos.

O início das aulas de 151 turmas (2.140 vagas) está previsto para o fim deste mês. A segunda chamada do Novos Talentos deve compreender as demais 2.960 vagas e terá convocatória no mês de julho. Tanto os cursos oferecidos pelo Senac quanto pelo Senai têm carga horária mínima de 160h, com aulas de segunda a sexta-feira.

Para garantir a absorção dos profissionais formados pelo Sistema S, o governo deve promover a capacitação de 200 professores até setembro. A iniciativa, prevista no termo de cooperação assinado ontem com a Refinaria Abreu e Lima, vai aproximar os profissionais da realidade de trabalho demandada pelas empresas de Suape, para que os conteúdos oferecidos em sala de aula sejam compatíveis com os exigidos no processo admissional.
Para o presidente da Refinaria, Marcelino Guedes, ter um empreendimento deste porte no estado exige adaptação, especialmente profissional, para que o desenvolvimento econômico seja possível. "Investir em educação é apostar em tecnologia para formar uma sociedade forte."

Inscrições: www.stqe.pe.gov.br
Período: De 18 a 22 de maio
Vagas: 2140 (maio) e 2.960 (julho)
Critério de seleção: ordem de inscrição

Para se inscrever é preciso: ter idade mínima de 18 anos, ter concluído o ensino fundamental ou estar cursando os anos finais (8ª série) e possuir renda familiar per capita de até 2 salários mínimos

Documentos exigidos
para a matrícula:
CPF, carteira de identidade, comprovante de residência (água, luz ou telefone) e comprovante de escolaridade (ensino fundamental)

Cursos oferecidos

Senai
Instalador de tubulações industriais, caldeireiro montador, eletricista, operador de processos logísticos, ajustador mecânico, lubrificador industrial, mecânico e manutenção em geral, mecânico de manutenção de automóveis, mecânico de refrigeração doméstica, torneiro mecânico, instalador predial de tubulações a gás, gasista, carpinteiro de obras, pedreiro de concreto, pintor de obras, armador de ferragens e pedreiro

Senac
Vendedor, auxiliar administrativo, auxiliar de operações logística, programador de web (web design), operador de supermercado, garçom, recepcionista, auxiliar de limpeza, bombeiro civil, recepcionista em meio de hospedagem, frentista, operador de telemarketing, editor gráfico, atendente de lanchonete, cozinheiro, depilador, manicure e pedicure, camareira, recepcionista em meio de hospedagem, agente de informações turísticas, bartender e jardineiro.

Fonte: Secretaria do Trabalho,
Qualificação e Empreendedorismo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

JOVENS EMPREENDEDORAS: FABRICAM E VENDEM PRODUTOS DE CHOCOLATE

Maria Milena e Wellijan Patrícia, duas jovens empreendedoras do EREM Monsenhor João Rodrigues de Carvalho

Exemplo de determinação, confiança e iniciativa, estas duas estudantes do 1º ano do ensino médio da Escola Monsenhor João Rodrigues de Carvalho, por conta própria, resolvem ganhar uns "trocados", fabricando artesanalmente ovos de chocolate e trufas deliciosas.
As amigas resolvem falar de suas experiências e concedem esta pequena entrevista ao Blog do EREM:

- COMO VOCÊS INICIARAM ESTE PEQUENO EMPREENDIMENTO?
R: Iniciamos pela necessidade de ter uma renda a mais, um dinheirinho para gastar com nossas coisas, economizar...

- QUAIS AS DIFICULDADES E PRAZERES DE TOCAR O NEGÓCIO?
R: Umas das maiores dificuldades é conciliar nossos gostos para confeccionar e vender os doces, afinal, são duas sócias e um produto só. Além do trabalho duro, da distância entre nossas casas, etc. Os prazeres são que a gente passa mais tempo juntas, ajudamos uma a outra, adquirimos experiência e ganhamos dinheiro.

Em breve aqui, algumas receitas produzidas pela dupla.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

VITÓRIA ( Mata Sul de PE ), NA ROTA DO DESENVOLVIMENTO

Vitória na rota de novas indústrias
Estão previstas pelo menos 30 outras plantas fabris para instalação na cidade


Lançamento da Kraft Foods foi acompanhado pelo governador Eduardo Campos. Imagem: ROBERTO PEREIRA/SEI Ainstalação da fábrica da Kraft Foods em Vitória de Santo Antão é apenas um exemplo das empresas que estão sendo atraídas para o município da Zona da Mata Sul e região. Segundo o prefeito Elias Lira, existem pelo menos outras 30 indústrias chegando à cidade, o que deve mudar a realidade local.

O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Márcio Stefanni, lembra que um dos atrativos de Vitória é a presença de escolas técnicas e faculdades, que contribuem para a qualificação da mão de obra na região. Apenas entre 2007 e 2010, o Prodepe (Programa de Desenvolvimento de Pernambuco) aprovou 21 projetos industriais no município, que juntos somaram R$ 771,5 milhões em investimentos, com geração de 3.410 empregos diretos.

“A cidade está se consolidando como um importante distrito industrial e isso já acarreta demandas em outros setores, entre eles o comércio”, exemplifica Paulo Roberto Batista, diretor de infraestrutura da AD Diper.

Uma das empresas que se instalaram na cidade é a Isoeste, fabricante de peças moduladas de aço e material isolante, utilizadas em câmaras de resfriamento e também no setor de entretenimento (cinemas) e logística.

“Estamos aqui há dois anos e meio. Temos conseguido alcançar as metas de crescer 8% ao ano”, ressalta Sérgio Bandeira de Mattos, executivo da empresa que tem sede em Anápoles (Goiás) e unidades no Pará, Mato Grosso e Paraná. Em Pernambuco, o investimento foi de R$ 12 milhões, com 60 empregos gerados. “Fornecemos para as indústrias alimentícia, eletroeletrônica, de entretenimento, têxtil, de armazenamento e logística, hospitalar, entre outros setores que estão se desenvolvendo em Pernambuco”, completa Mattos.

Outra indústria que passará a operar no município a partir de 2012 é a fabricante de computadores Elcoma – hoje instalada no Recife, onde emprega cem pessoas. “O projeto é trazer a fábrica para Vitória no primeiro semestre do próximo ano. Vamos dobrar o quadro de funcionários e aumentar a produção. Vitória tem consolidado a importância na Zona da Mata de Pernambuco, pela localização e por ter uma mão de obra qualificada”, diz Júlio Gil Freire, presidente da Elcoma. O investimento é de R$ 12 milhões.

saiba mais

Conheça a fábrica da Kraft em Pernambuco

Investimento: R$ 150 milhões, sendo R$ 100 milhões na primeira fase (inaugurada) e outros R$ 50 milhões para a segunda etapa (prevista para 2012)

Empregos: 600 (1ª etapa) mais 200 em 2012, totalizando 800 funcionários

Produção: sucos em pó (Tang e Fresh), chocolates da marca Lacta e biscoitos Club Social (em 2012)

Mercado: Norte e Nordeste (com estratégia especial para alcançar os pequenos supermercados e lojas de varejo)

Você sabia que…
O Nordeste representa 35% das vendas do mercado de biscoitos e 20% do mercado de “crackers” (biscoitos água e sal) do Brasil

A Kraft Foods anunciou a oferta de vagas para a indústria em carros de som pelas ruas das cidades vizinhas. Recebeu 20 mil currículos. Acabou selecionando 1,2 mil candidatos para participarem de treinamentos

Fonte: Kraft Foods

domingo, 1 de maio de 2011

O GARI QUE FALA ESPANHOL

Eu sou André Yo soy André
André Antônio da Silva, 22, é gari. Mas quer mais. Para isso, está focado em aprender idiomas


Habla, Andre

O primeiro trabalho comcarteira assinada temoutras vantagens: treina o espanhol dando dicas aos estrangeiros. Imagem: Vida Urbana O chefe de André ficou sem entender o motivo da insistência. Há minutos eu esperava que o rapaz terminasse o serviço e me concedesse entrevista. “Não sei se vocês vão puder estampar a foto dele no jornal”, alertou. André era a figura do cansaço. De boné sujo e roupa ensopada pelo suor e pela água da chuva. Limitei-me a dizer que o rapaz tinha uma história diferente. O chefe retrucou com um “diferente?”, sugerindo para que se ouvisse um colega de trabalho de André. “Todos são parecidos”. Insisti na diferença. Revelei que o rapaz sabia falar espanhol e, como ele próprio costuma dizer, arranhava inglês e francês. Surpreso, o chefe desarmou-se: “Nem o português eu arranho. Esse menino está se perdendo no meio do lixo”.

Conhecendo sua história

Vassoura/Escoba/Broom/Balai

Antônio da Silva por sobrenome, André cuida das ruas do Bairro do Recife. Fez da vassoura instrumento do primeiro emprego de carteira assinada. “O salário é pouco, mas ajuda”. Ajuda para ele soa como palavra mágica. Só conquistou o emprego com o empurrãozinho do sogro. E agarrou-se à oportunidade. Se cai lixo no chão, o gari aparece. Quatro vezes ao dia, no mínimo, em cada rua e avenida. É um exercício de repetição que André, aos 22 anos, aprendeu a valorizar. “A gente limpa, o povo suja.” Para aprender outros idiomas ocorreu o mesmo. Ouviu que exercitar bem a escuta era preciso. Onde quer que esteja no Recife Antigo, a vassoura está numa mão. A pá, noutra. E as orelhas em pé para sons estrangeiros.

Estímulo/Estimulo/Incentive/Encouragement

De todos as palavras que gosta de ouvir, André ressalta uma: “Regina”. Para repeti-la não recorre aos sotaques dos “gringos”. Sempre pronuncia a palavra com ar de satisfação. Regina, 19, serviu de estímulo para ele correr atrás dos cursinhos de línguas estrangeiras. “Tudo pelo amor”. Os dois se conheceram há cinco anos. Estudavam. Bem focada no futuro, Regina fez André descobrir a importância de aprender um segundo idioma. Ele dividiu-se, à noite, entre as aulas do ensino médio e as de espanhol. Ela já estudava inglês e francês. No curso, André ficou menos de um ano. Casou-se e teve que procurar trabalho. Deixou o curso, mas recorre aos livros de Regina. Se ouve turistas, liga-se, pois tem necessidade de falar.

Método/Metodo/Method/Méthode

A chuva despencava no Marco Zero. Por conta da apresentação da Paixão de Cristo do Recife, André deixou a vassoura de lado. E passou a amarrar grades de metal às placas de concreto que cobrem as canaletas da praça. A tarefa exigia força e concentração. E o ouvido ainda mais atento. Em meio às pancadas no concreto, o gari atentou para palavras familiares. Eram dois argentinos. “Yo soy André”, apresentou-se . Foi a senha para um breve diálogo. Nas conversas com os hermanos, o rapaz guiou-se por suas próprias regras. Jamais pergunta os nomes dos turistas. Prefere informar sobre os monumentos, ruas e avenidas. Basta o contato com gente de outros mundos para reanimá-lo do trabalho contínuo. Apenas braçal.

Destino/Destino/Destiny/Destin

André nasceu num dos sítios de Garanhuns, no Agreste. Ficou cinco ou seis meses por ali, sendo levado pelos pais para a vizinha Jucati. Na época, o menino tinha três irmãos. Espécie de caixeiro viajante, o pai de André se juntava à família de 15 em 15 dias. De tanto viajar, “o coroa” aquietou-se um pouco no Recife. Com poucas perspectivas, André estudava. “Sem muita paixão, é verdade”. Por conta das amizades, deixou de estudar por dois anos. A recuperação veio quando os pais de Regina aceitaram o namoro. Tornou-se gari, sabendo mais que o bê-a-bá dos colegas de ofício. Por isso, quer mais. De olho no mercado de Suape, escolheu como destino o curso de logística. Enquanto Suape parece longe, o gari treina a fala. E nos deixa no Marco Zero, como se predestinado, com “adiós”, “bye, bye”, “au revoir”, “adeus”.

Fonte: D.P.

ONDE ESTÃO OS EMPREGOS?

A manutenção das taxas de crescimento do país nos últimos anos tem feito surgir desafios até então distantes da nossa realidade por algumas décadas. Entre eles, a escassez de mão de obra qualificada para assumir todos os postos de trabalho criados nas diversas áreas em que o Brasil tem se desenvolvido.

Apesar da projeção do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) da oferta de 22 milhões de trabalhadores com qualificação disponíveis ao longo do ano, num universo de 28 milhões de pessoas disponíveis, nem todos os setores econômicos terão a demanda atendida. Esta matemática entre as vagas geradas e a capacidade de ocupação depende do setor econômico e da região do país.

A estimativa do Ipea divulgada essa semana aponta que apenas em 2011, a demanda por mão de obra deve alcançar a contratação de 21 milhões de trabalhadores – sendo 1,7 milhão de novos empregos e 19,3 milhões fruto da rotatividade (demissões e vagas sem ocupação).

Enquanto em Pernambuco, na construção civil deve haver um déficit de 14.258 trabalhadores com qualificação e experiência durante o ano; na Bahia a estimativa é de um saldo de 26.637 pessoas na mesma área. No Brasil, o saldo é de 67.336 trabalhadores na construção civil.

No setor de comércio e reparação, por exemplo, os estados de São Paulo (-28.950), Minas Gerais (-33.944) e Rio de Janeiro (-15.524) enfrentarão carência de profissionais qualificados; do lado oposto, a Bahia (63.830), Goiás (18.581) e o Rio Grande do Norte (17.851) terão bem mais pessoas qualificadas do que as vagas disponíveis.

“Vivemos um paradoxo. O crescimento econômico tem refletido na maior demanda por trabalhadores qualificados e esse crescimento continuado exerce uma pressão por contratações. O levantamento mostra que ainda não temos problemas sérios de escassez de mão de obra, apesar de ser uma preocupação manifestada pelo setor patronal”, analisa Marcio Pochmann, presidente do Ipea, ressaltando a importância do sistema público de emprego na intermediação entre a mão de obra e as empresas.

A indústria é o único setor a contabilizar um déficit nacional de mão de obra qualificada e com experiência. Até o final de 2011, a expectativa do Ipea, calculada com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é que faltem 34.499 trabalhadores com qualificação e experiência para assumir os postos de trabalho gerados na indústria.

A situação mais crítica está na região Sul, com déficit de 51.590 profissionais na indústria, seguida pela região Sudeste, com carência de 15.013 pessoas para assumirem postos de trabalho neste setor. No Nordeste, apenas o Maranhão deverá sofrer com a falta de mão de obra qualificada no total geral.

Fonte: D.P.