Em dez anos, o contingente de empregados com carteira assinada em Pernambuco aumentou de 47,4% para 55,3%. Já o percentual de empregados sem carteira assinada caiu de 43,7% para 36,1% na última década, segundo dados definitivos do Censo 2010 divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O movimento observado em Pernambuco segue uma tendência nacional. No país, os empregados com carteira assinada tiveram aumento substancial da sua participação, de 54,4%, em 2000, para 65,2% em 2010, enquanto que a dos que não tinham carteira assinada caiu de 36,8% para 26,5%. No Nordeste, os com carteira subiram de 41,% para 50,5% e, os sem carteira, caíram de 49,1% para 40,5%.
Segundo o IBGE, o nível de ocupação entre a população acima de dez anos de idade também subiu na última década, passando de 47,9% para 53,3% no Brasil. No Nordeste, cresceu de 43,6% para 47,1%, o nível mais baixo entre as regiões brasileiras. Em Pernambuco, em 2010, o nível de ocupação entre as pessoas de dez anos ou mais de idade atingiu 46,13%.
No País, o percentual de empregados na população ocupada cresceu de 66,6% para 68,2%, de 2000 para 2010. O IBGE aponta que 23,1% dos ocupados trabalhavam em casa; 11,8%, em outro município. No Nordeste, esse número foi de 9,9%. Entre os estados, os percentuais mais elevados de pessoas que trabalhavam em outro município foram encontrados no Rio de Janeiro (17,1%), em Pernambuco (16,4%) e no Espírito Santo (16,1%).
Renda
Em relação à renda mensal dos ocupados, somando todos os trabalhos, o Censo 2010 revela que a parcela dessa população que recebia até um salário mínimo (base de referência: R$ 510) passou de 34,75% para 47,55% em Pernambuco entre 2000 e 2010. No Nordeste, aumentou de 40,49% para 48,36%.
Considerando a população como um todo, em 2010, metade da população recebia mensalmente até R$ 375, valor inferior ao mínimo pago na época. Já a renda média nacional domiciliar per capita era de R$ 668, mostrando que a desigualdade de renda ainda é bastante acentuada no país. Os 10% com rendimentos mais elevados ganhavam R$ 9.501, enquanto as famílias mais pobres viviam com apenas R$ 225.
Fora isso, os 10% com maiores salários entre a população brasileira ficaram, em 2010, com 44,5% do total de rendimentos, enquanto que os 10% com menor renda responderam apenas por 1,1%. As desigualdades aumentam nas regiões Norte e Nordeste, onde os 10% mais pobres detêm 1% do total de rendimentos.
Fonte: D.P.
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