Você está no meio do bloco, quando sente algo resvalar nas suas pernas. Olha para baixo e percebe que não é algo, mas, sim, alguém agachado, em busca da latinha que você acabou de jogar no chão. Reconheceu a cena? Pois é. Durante o carnaval, os catadores enfrentam até o risco de levar uns chutes ou pisões em busca dos materiais recicláveis. Tanto esforço tem uma razão de ser: para eles, a folia significa a grande chance de descolar um bom dinheiro em poucos dias de trabalho.
A catadora Neide Santos, 42, e o marido, Antônio, por exemplo, conseguiram R$ 580 em dois dias do carnaval de 2010. Para se ter uma ideia do quanto isso representa no orçamento da família, basta comparar com o rendimento no resto do ano. ´Quando estamos muito dispostos, ganhamos R$ 700 ou R$ 800 no mês inteiro`, conta Neide, que criou quatro filhos e uma neta com a renda advinda da coleta de materiais recicláveis. Neste ano, ela vai em busca de latas de alumínio e garrafas PET no Galo, no sábado, e no Recife Antigo, na segunda e na terça-feira.
Neide e Antônio fazem parte da Cooperativa Esperança Viva, localizada no bairro de São José, no Centro da cidade. Depois dos dias de folia, os 18 membros do grupo reúnem os materiais coletados, separam por tipo e cor e vendem para sucateiros. O lucro vai depender da composição do ´apurado`: o quilo de alumínio vale entre R$ 2,20 e R$ 2,50, e o de garrafa PET, entre R$ 0,80 e R$ 1,10.
Fonte: D.P.
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